Memorial Imigração Judaica

       Lili nasceu em Salônica, ou Tessalônica, segundo alguns, a mais judia das cidades gregas antes da II Guerra Mundial. Sua família, por ambas as partes, pai e mãe, tem descendência direta com a Espanha. Ela conta que sua mãe falava apenas o Ladino, praticamente desconhecendo o Grego. Eram donas de casa que viviam tranquilamente dentro do próprio grupo, uma vida pacata e, portanto, mantinham as raízes sefaraditas por centenas de anos. Já seu pai, por força dos negócios, falava sete idiomas, como o Alemão e o Francês.

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          Tanto a alimentação como os ritos religiosos seguiam as tradições sefaraditas. Lili lembra que sua mãe misturava a culinária sefaradita com a grega e turca, num "panache" de temperos e aromas.

       Dona Lili é sobrevivente do Holocausto e conta sobre como a situação para os judeus e gregos era ruim no começo. Faltava comida, tinha toque de recolher, ordens germânicas, dentre outras medidas. Em 1942 a situação para os judeus piorou muito. Começaram as perseguições e os gregos mostraram que não eram tão amigos assim dos judeus. Por sorte, a família de Lili tinha passaporte espanhol. A posse de um passaporte espanhol garantiu a muitos judeus gregos, como a família de dona Lili, o transporte não para os campos de extermínio, mas para outros campos, no caso dela, Bergen Belsen.

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Para saber mais sobre a história de dona Lili Hasson e outros imigrantes, consulte o livro 200 Anos de Imigração Judaica no Mediterrâneo, de Marcio Pitliuk, Editora Maayanot.

Logos

© 2018. Memorial da Imigração Judaica. 

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